Alunos ocupam mais um colégio estadual

Governo pede reintegração de escola na Ilha

Rio - Uma semana após a ocupação do Colégio Estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, ontem foi a vez de estudantes do Colégio Estadual Gomes Freire de Andrade, na Penha, ocuparem o local. Antes, os jovens percorreram as ruas do bairro, pedindo melhorias na unidade. Entre as reivindicações, coladas também no muro do colégio, estavam mais tempo de aulas de filosofia e sociologia, a volta dos porteiros demitidos, a eleição dos diretores e a criação de uma grade de ensino obrigatória e disciplinas eletivas.
Alunos da escola já ocupada apoiam estudantes de colégio na Penha
Foto: Divulgação
Ontem, o secretário de Estado de Educação, Antonio Vieira Neto, disse que a Procuradoria Geral do Estado pedirá reintegração de posse do colégio na Ilha e afirmou que a ocupação prejudica os próprios estudantes. Um grupo de pelo menos 20 deles permanece acampada no local. Ontem, parte deles apoiou a ocupação do colégio na Penha.
Segundo uma funcionária da Gomes Freire, que preferiu não ser identificada, a ocupação dos alunos apoia a greve dos professores, que já dura 26 dias. “Demitiram os terceirizados, os servidores ficam se desdobrando na escola para suprir as necessidades”, denuncia. Segundo ela, 60% dos professores já haviam aderido à paralisação, agora o número chegou a 100%. “Alguns vão até dormir lá para garantir a segurança de seus alunos”, conta.
O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), afirmou que os alunos são os principais prejudicados com os cortes de verbas na Educação e “é inadmissível que ainda sofram qualquer tipo de assédio ou ameaça, como faltas, por exemplo”.

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