CONFIRMADO: Odebrecht vai entregar Lula, Dilma e contas na Suíça em delação à Lava Jato
Para garantir a obtenção de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, a empreiteira se comprometeu a revelar segredos explosivos do relacionados a doações de campanha de Dilma, ao ex-presidente Lula e até mesmo informações sobre contas secretas na Suíça. A informação, confirmada pela pela revista Época, já havia sido adiantada aqui no Manchette.
Os três principais executivos da Odebrecht ficaram chocados com a eficiência da Força-tarefa da liderada pelo juiz Sérgio Moro quando foram levados para prestar depoimento em Curitiba esta semana. Durante algumas horas, eles tiveram uma amostra do que é a Operação Lava Jato. Apavorados com a precisão das perguntas feitas pelos investigadores e das provas apresentadas a eles, os três tremeram. Logo após terem sido liberados, correram ao encontro do restante da cúpula da empresa.
Os executivos mandaram a real na reunião com a direção do grupo a confirmaram que a casa havia caído definitivamente e aconselharam que a Odebrecht faça logo um acordo de colaboração com os investigadores em troca de salvação.
Não parou por aí. Os três executivos informaram aos aos colegas que não há outra alternativa e adiantaram que, caso a cúpula não concordasse em celebrar um acordo de delação com a Lava Jato, os três estavam decididos a colaborar de qualquer jeito.
A direção do grupo foi informada que, com base naquilo que a Lava Jato já possuiu, não haveria como poupar ninguém. Até mesmo o patriarca Emílio Odebrecht ficaria sob risco de cair.
Diante da gravidade dos fatos, a Odebrecht decidiu fazer um acordo de delação premiada. O problema = enfrentado inicialmente foi que à Lava Jato não interessaria celebrar um acordo com base em informações já disponíveis, algo que direção da Odebrecht se familiarizando após a prisão de seus executivos no último dia 22.
A conclusão foi a de que as chances de sucesso aumentariam, caso a empreiteira resolvesse abrir novos casos, com a revelação de outros políticos, partidos e obras. Inicialmente, a Odebrecht optou por oferecer o mínimo possível, mas logo percebeu que esta tática não iria funcionar.
Os procuradores do Paraná não demonstraram nenhum entusiasmo e deixaram claro que as principais condições para negociar incluem a desistência da Odebrecht dos processos na Suíça, que impedem a remessa de provas de pagamentos de propina a políticos de vários partidos e outros funcionários da Petrobras e de órgãos públicos ainda não mencionados. O nome de Lula pode aparecer em remessas ilegais para a Suíça.
Há cerca de um ano, o pai de Marcelo, Emílio Odebrecht foi contido por executivos do grupo quando afirmou que “se prenderem o Marcelo, terão de arrumar mais três celas: uma para mim, outra para o Lula e outra para a Dilma”. Por fim, a direção da empresa chegou à conclusão de que deveriam ter feito isso há mais tempo. De lá para cá, a empresa já perdeu U$ 5 bilhões em valor de mercado e enfrenta investigações em vários lugares do mundo.
Um outro fato que deixou a direção da Odebrecht preocupada foi o anúncio do acordo de Delação de Mônica Moura, a esposa do marqueteiro do PT, João Santana. Mônica, que é muito próxima da presidente Dilma, era responsável por todos os repasses feitos pela empreiteira no Brasil e exterior.
Após as negociações preliminares com os membros do Ministério Público, a Odebrecht finalmente se comprometeu, no acordo de delação por vir, a entregar provas para a investigação sobre o ex-presidente Lula, a quem contratou para fazer diversas palestras pelo mundo, e fornecer provas de financiamento ilegal de recursos para as campanhas da presidente Dilma Rousseff, inclusive a extensão total dos pagamentos ao marqueteiro do PT, João Santana, no Brasil e no exterior.
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