Alô Pezão!
Assessor especial de Pezão, 'Ary Fichinha', é preso pela PF no
Rio de Janeiro
Agentes da Polícia
Federal e do Ministério Público Federal realizam, na manhã desta quinta-feira
(2), uma operação para cumprir um mandado de prisão preventiva contra Ary
Ferreira da Costa Filho e 10 mandados de busca e apreensão em mais um desdobramento
da Operação Calicute, ação vinculada à Lava Jato no Rio de Janeiro.
Ele é um dos principais
operadores financeiros da quadrilha ligada ao ex-governador Sérgio Cabral e
começou a trabalhar com o político em 1980, quando Cabral era deputado estadual.
Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal. A
prisão foi pedida com base na delação do empresário Adriano Reis, que diz ter
repassado R$ 10,8 milhões ao operador de Sérgio Cabral.
Os agentes da Polícia
Federal realizam buscas em 10 endereços, mas até as 8h30 não tinham encontrado
Ary. Segundo informações da TV Globo, ele entrou em contato com a Polícia
Federal e informou que vai se entregar.
De acordo com as
investigações, em 1996 ele começou a trabalhar em cargo comissionado no
gabinete do Cabral e, posteriormente, teve passagens por várias secretarias
quando Cabral estava à frente do governo do estado. Ary se tornou assessor
especial do ex-governador e permanece no governo de Luiz Fernando Pezão até
hoje.
Em dezembro, logo após a
operação Calicute, ele pediu exoneração de um cargo que ocupava no governo. No
entanto, como possuía duas matrículas, continuou vinculado ao governo do
estado. Atualmente, Ary está cedido para a Procuradoria Geral do Estado.
No pedido de prisão, os
procuradores falam sobre esse esquema e ressaltam que Cabral pedia 5% de
propina de todos os contratos assinados com o governo do estado. O pedido era
intermediado pelo o secretário Wilson Carlos e a função de Ary era entregar o
dinheiro lavado por falsas consultorias. Os procuradores acompanharam a
movimentação financeira dessas consultorias e identificaram que entre 2007 e
2015 arrecadaram milhões de reais
Entenda como
funcionava o esquema
Em 2007, o faturamento dessa empresa era R$ 770 mil. Três anos depois o faturamento passou para R$ 2,5 milhões e em 2015, época em que o ex-governador renunciou ao cargo, o faturamento da empresa foi de R$ 7 mil. Ainda segundo os procuradores, em 2010, no auge do faturamento, a empresa possuía apenas um funcionário. De 2011 a 2014, a empresa não tinha funcionários, sendo que em 2013 o faturamento da mesma foi de R$ 2,3 milhões.
Em 2007, o faturamento dessa empresa era R$ 770 mil. Três anos depois o faturamento passou para R$ 2,5 milhões e em 2015, época em que o ex-governador renunciou ao cargo, o faturamento da empresa foi de R$ 7 mil. Ainda segundo os procuradores, em 2010, no auge do faturamento, a empresa possuía apenas um funcionário. De 2011 a 2014, a empresa não tinha funcionários, sendo que em 2013 o faturamento da mesma foi de R$ 2,3 milhões.
Segundo as investigações,
o que Ary fazia com essa empresa se repetia com vários empresários do estado.
Por isso, não é possível dimensionar todo o dinheiro que foi lavado pelo grupo.
Apenas através dessas concessionárias foi lavado mais de R$ 10,8 milhões.
Ary é suspeito de pegar o
dinheiro vivo desse esquema e intermediar a lavagem de dinheiro e a ocultação
de patrimônio. Ele entregava dinheiro para dono de concessionárias de veículos,
que contratavam serviços de consultoria da empresa de Carlos Miranda, que
também é operador de Sérgio Cabral nesse esquema. Quem delatou o esquema foi
Adriano Reis, dono de uma dessas concessionárias.
Uma imobiliária também
era usada para ocultar o patrimônio de Ari. O ex-assessor de Sérgio Cabral
entregava dinheiro vivo para Adriano Reis, que comprava em nome da própria
imobiliária casas e carros de luxo, que na verdade pertenciam a Ary, mas
ficavam registrados como patrimônio da imobiliária.
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