Forças Armadas irão reforçar o policiamento no Rio de Janeiro, anuncia Temer
O presidente Michel Temer
autorizou nesta segunda-feira (13) o uso das Forças Armadas para auxiliar o
policiamento nas ruas do Rio de Janeiro. O Estado enfrenta mobilização de
mulheres dos policiais militares, que bloquearam alguns batalhões e companhias
da PM para bloquear a entrada e saída de viaturas. Elas reivindicam melhores
condições de trabalho para os agentes.
Temer participou de
uma reunião na manhã de hoje com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando
Pezão, na qual ficou acertado o envio do reforço. A manifestação das mulheres
dos policiais – inspirada em movimento realizado no Espírito Santo – teve
início na sexta-feira (10).
No momento, o governo
trabalha no planejamento da ação para decidir quantos militares serão
enviados ao Estado ou deslocados para essas atividades. Também estão sendo
estudados os locais em que atuarão e a data de início das ações, prevista
inicialmente para terça-feira (14).
Na manhã de hoje,
manifestantes acampadas bloquearam a saída do prédio do Batalhão de Choque, no
Centro do Rio de Janeiro , onde funcionam unidades como o Batalhão de
Policiamento em Grandes Eventos.
Espírito Santo
Na semana passada, o
presidente confirmou o envio das Forças Armadas e da Força Nacional de
Segurança Pública ao Espírito Santo , estado que enfrenta, desde a
última sexta-feira (3), uma onda de violência devido à paralização dos
policiais militares.
Além de reajuste
salarial, as famílias dos PMs pedem o pagamento de auxílio alimentação,
periculosidade, insalubridade e adicional noturno. Também são denunciados o
sucateamento da frota e falta de perspectiva de carreira.
Na sexta-feira, o
presidente se posicionou publicamente pela primeira vez sobre o motim no
Espírito Santo. Ele
considerou a paralisação como “ilegal” e afirmou que o direito de reivindicar
"não pode tornar o povo brasileiro refém" .
"O presidente conclama
aos grevistas que retornem ao trabalho como determinou a Justiça e que as
negociações com o governo transcorram dentro do mais absoluto respeito à ordem
e à lei, preservando o direito e as garantias do povo que paga o salário dos
servidores públicos, sejam eles civis ou militares", afirmou Temer, por
meio de nota enviada à imprensa.
* Com informações da Agência Brasil
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