Cabral vai para prisão especial em março

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral está preso no Complexo de Bangu



A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) do Rio de Janeiro deve transferir em março o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para um presídio que está sendo reformado para receber presos da Operação Lava Jato. A unidade, em Benfica, na zona norte da capital fluminense, funcionava como BEP (Batalhão Especial Prisional, onde ficavam policiais presos.
Famosa pelas mordomias concedidas aos detentos, a cadeia foi desativada em 2015, após uma juíza da Vara de Execuções Penais ter sido agredida no local. Em uma das vistorias, foram encontrados material para churrasco e bebida alcoólica.
A reportagem visitou o local nesta quarta-feira (15). Em uma das alas, os presos derrubaram as grades e fizeram muros de gesso para ter mais privacidade nas celas.
Além dos 17 presos da Lava Jato com nível superior, a prisão vai abrigar devedores de pensão alimentícia e outros de nível superior. Ao todo, 110 detentos vão ocupar a unidade, com capacidade para 216 pessoas.
Os presos da Lava Jato com diploma universitário estão na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, parte do Complexo Penitenciário de Gericinó.
Assim como em Bangu 8, o cômodo onde Cabral ficará em Benfica terá 16 metros quadrados. O ex-governador, porém, terá mais privacidade, com banheiros fechados no meio da cela, vaso sanitário e chuveiro. Em Bangu, apenas uma meia parede separa o chuveiro do vaso.
Os detentos também receberão colchões novos, usados por atletas durante a Olimpíada, em 2016. A reforma vai custar R$ 20 mil.
O secretário de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar Erir Ribeiro, afirmou que não haverá privilégios para Cabral. "Vamos transferir os presos de Bangu 8 para Benfica porque eles não são tão perigosos e não demandam o cinturão de segurança que temos em Bangu".
Explicações
O MPF (Ministério Público Federal) vai pedir esclarecimentos sobre a transferência. Nesta terça (14), integrantes do MPF e do Ministério Público do Rio de Janeiro se reuniram para discutir a questão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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