SÉRGIO CABRAL DECIDIU DELATAR PARA SE VINGAR DA JUSTIÇA
OPÇÃO POR DELATAR SE DEVE À REVOLTA POR DERROTAS NA JUSTIÇA
Ainda não ficou claro se
Cabral admite restringir sua delação à Justiça do Rio de Janeiro. As
negociações estão apenas no início.
A ideia de delatar a
Justiça era o “plano B” de Sérgio Cabral, após receber um “não” como resposta à
sua disposição de fazer acordo.
Sérgio Cabral acha que
não será absolvido, segundo interlocutores, e que somente um acordo de delação
o pouparia de uma longa sentença.
A intenção de investigar
setores da Justiça caiu como uma bomba entre magistrados e em escritórios de
criminalistas bem posicionados.
Cabral negocia delação premiada com a Procuradoria-Geral da República e pode afetar integrantes do Judiciário e do Ministério Público
O ex-governador do Rio de
Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), que está preso, negocia um acordo de delação
premiada com o Ministério Público
Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Fontes afirmaram
que a decisão pode afetar integrantes do Judiciário e do Ministério Público.
As informações são do Valor Econômico.
O ex-chefe do Executivo
fluminense cumpre pena no Presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro, desde
novembro passado. Ele é alvo da Operação Calicute, um desdobramento da Lava
Jato. A Calicute revelou o esquema de cobrança de propina em obras durante a
gestão de Sergio Cabral no Governo do Rio de Janeiro, entre 2007 e 2014. O
ex-governador é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Além de Cabral, outros
políticos e empresários do Rio citados em investigações têm procurado o MPF
para negociar acordos e evitar a prisão. No caso do ex-governador, as conversas
estão na fase de elaboração de anexos, na qual ele apresenta a procuradores os
fatos que está disposto a contar, divididos em capítulos. Cada anexo traz um
resumo das pessoas a serem delatadas e dos relatos a serem feitos.
O material,
posteriormente, é avaliado pelo Ministério Público, que decide se os dados são
ou não relevantes o bastante para fechar o acordo de colaboração e conceder
benefícios ao delator.
Países árabes aprovam resoluções anti -Irã
Todas as 15 resoluções da cúpula de países árabes incriminam o Irã
Todas as 15
resoluções aprovadas pela cúpula árabe, que aconteceu na Jordânia na
quarta-feira, 29 de março, foram dedicadas a uma acusação contra o Irã, seu
Corpo de Guardas Revolucionários e o suíço libanês Hezbollah. Eles eram um
testemunho da profundidade da animosidade árabe-iraniana e expuseram a extensão
da fenda entre os mundos muçulmanos sunitas e xiitas.
O Irã foi acusado
de se intrometer nos assuntos internos das nações árabes, incitar os xiitas
contra os sunitas e armar e treinar grupos terroristas xiitas para operações
contra governos árabes legítimos. Os governantes árabes se uniram para colocar
Teerã no banco dos réus por sua interferência na guerra civil síria e pelo
ataque à sua soberania.
Nenhuma das
resoluções formais abordou o conflito palestino-israelense. Conforme relatado
anteriormente pela DEBKAfile, esta questão é objecto de intercâmbios ativos
entre os EUA, a Arábia Saudita, o Egipto, os Emirados Árabes Unidos, Israel e a
Autoridade Palestiniana. O rei Abdullah da Jordânia, que hospedou a cimeira e o
presidente egípcio Abdel-Fatteh El-Sisi viajará a Washington para relatar ao
presidente Donald Trump as discussões privadas sobre esta questão na sessão e
lançará a próxima etapa da iniciativa de paz árabe-israelense .
DEBKAfile lista
as 15 resoluções submetidas à cúpula árabe.
1: As relações de
boa vizinhança devem prevalecer entre o Irã e os países árabes e a intromissão
do Irã nos assuntos dos países árabes é condenada como uma ameaça à segurança e
à estabilidade da região.
2: A República
Islâmica do Irã deve assumir a responsabilidade por um ataque à embaixada da
Arábia Saudita em Teerã e seu consulado em Mashhad e respeitar as leis da
diplomacia.
3: O governo
iraniano deve dizer a seus funcionários para desistir de hostilades,
comentários inflamatórios contra os países árabes.
4: O Irã deve
parar imediatamente de fomentar rivalidades sectárias e retirar o apoio de
grupos que desestabilizam os países do Golfo e os grupos armados dentro dos
países árabes.
5: A invasão
do Irã de três ilhas do Emirado (Abu Musa e a Grande e Menor Tunbs) é
condenado. Devem ser restaurados para a propriedade legal por meios pacíficos.
6: O Irã deve
parar de apoiar e treinar terroristas e enviar armas e munições para grupos
rebeldes que lutam contra o governo do Bahrein.
7: As agências de
segurança do Bahrein ganham elogios por frustrar um complô terrorista em
dezembro de 2016 apoiado pelos Guardas Revolucionários Iranianos e pelo
terrorista Hezbollah.
8: A intromissão
nefasta do Irã na crise síria ameaça sua soberania, estabilidade futura,
segurança e unidade.
9: A intromissão
iraniana nos negócios do Iêmen apoiando forças que lutam contra o governo
legítimo afeta negativamente a segurança do país, de seus vizinhos e de toda a
região.
10: Salienta-se a
importância da iniciativa tomada pelo Conselho de Assistência dos Países Árabes
do Golfo e solicita uma resposta positiva do Irã.
11: O Irã deve ser
obrigado a cumprir a Resolução 2231 do Conselho de Segurança de 2015 e
penalizado rapidamente com sanções eficazes por quaisquer violações. O Irã deve
ser mantido embargado a seus compromissos sob os tratados ambientais nucleares
e regionais.
12: O
Secretário-Geral é encarregado de gerir a comissão de quatro ministros dos
Negócios Estrangeiros árabes criados para impedir a interferência iraniana nos
assuntos árabes.
13: Fóruns árabes
de ajuda com os países, grupos regionais e internacionais irá destacar os maus
efeitos da intromissão iraniana em seus assuntos.
14: Esta questão
será colocada na agenda da ONU ao abrigo da Secção 2 do Artigo 7
15: O
Secretário-Geral da Liga Árabe acompanhará a implementação destas resoluções e
apresentará um relatório sobre os progressos realizados na próxima cimeira
árabe.
Procuradores estão interessados nas relações de Cabral com MP-RJ
Os procuradores deixaram
claro a Sérgio Cabral uma enorme curiosidade sobre as relações do ex-governador
e sua mulher, Adriana Ancelmo, com o Ministério Público estadual do Rio de
Janeiro.
Os investigadores não
querem apenas chegar nos amigos do casal no Judiciário (e são muitos), eles
adorariam também que Cabral incluísse em sua proposta de delação premiada
eventuais informações relativas ao MP fluminense.
Como é sabido, a
negociação com Cabral estagnou.
Gente próxima a ele diz
que o ex-governador não está disposto a entregar ninguém da turma da toga
nem do MP. O ex-governador teme que, mesmo com uma eventual delação
formalizada, ele sofra retaliações dos figurões do Judiciário.
Não por acaso, a família
contratou o escritório Fragoso Advogados. Pelo menos até segunda ordem, a
estratégia agora é travar a batalha nos autos do processo.
SERÁ QUE ENTREGOU PEZÃO E PICCIANI?
Ex Presidente do TCE Jonas Lopes recebe autorização para deixar
o país
Delator do esquema de
corrupção que envolve empresas, políticos, prefeitos e conselheiros do Tribunal
de Contas do Estado (TCE), o ex-presidente da Corte, Jonas Lopes de Carvalho, a
mulher, o filho de dele, o advogado Jonas Lopes Neto, a nora e os dois netos já
estão fora do país. A autorização da viagem da família, por 40 dias, foi
concedida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fischer.
Jonas comandou o tribunal de 2011 a 2016, ápice das obras da Copa do Mundo e da
Olimpíada.
Nos bastidores é dado
como certo que o ex-presidente, atualmente licenciado, apontou seis
conselheiros e um ex-membro da Corte como integrantes do esquema de propina,
além de prefeitos e megaempresa de prestação de serviço cujo dono fez fortuna
durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral, preso no fim do ano passado na
Operação Calicute. Hoje, ele e mais 11 pessoas são réus na Justiça Federal por
desvios dos cofres públicos avaliados em R$ 224 milhões.
Jonas também revelou no
acordo convênios fraudulentos no governo Cabral. Mas há uma grita geral em
relação à credibilidade da delação porque ele não denunciou esquema na
prefeitura de um grande aliado político que se confunde com a sua trajetória de
vida. Aos mais íntimos, Jonas contou que decidiu ajudar as investigações da
Procuradoria-Geral da República (PGR) para salvar a carreira do filho, ainda
considerado um jovem advogado.
Para Lopes abrir o ‘bico’
pesaram as acusações contra Jonas Neto de ter clientela, principalmente de
prefeitos, que se beneficiavam com a paralisação de fiscalizações na Corte. A
atuação do filho levou Jonas a se indispor até com um conselheiro que foi
avisá-lo do fato do esquema ser comentado nos bastidores da Corte e até na
Assembleia Legislativa (Alerj).
O tribunal começou a ser
exposto a partir da delação de dois ex-executivos da Andrade Gutierrez, Clóvis
Renato Primo e Rogério Nora de Sá. Eles contaram que, para garantir a
aprovação dos contratos de obras e aditivos no TCE, pagaram propina no valor de
1% do dinheiro repassado à empreiteira.
Como então presidente do
tribunal, Jonas tinha o poder de paralisar as fiscalizações do corpo instrutivo
do TCE nas obras do Maracanã, Arco Metropolitano, PAC das Favelas e Linha 4 do
Metrô. Esses procedimentos, segundo investigação da Polícia Federal, ficaram
‘engavetados’ no gabinete do então presidente. Só no caso do Maracanã eram 22
processos parados no TCE.
Até na casa de Jonas
foram apreendidos documentos referentes às obras. Os investigadores recolheram
três celulares, um deles com linha dos Estados Unidos que serviria para
negociações com empreiteiras e políticos.
Lava Jato joga duro para aceitar acordo com Cavendish
A Força-Tarefa da Lava
Jato joga duro para aceitar a delação premiada do empresário Fernando
Cavendish, dono da Delta Construções. Por enquanto, o acordo ainda não foi
homologado pela Justiça. Nos bastidores, a maior explicação é a de que
Cavendish não estaria ainda muito disposto a denunciar membros da estrutura da
Justiça. O que não é o caso de Carlos Miranda, apontado como operador do
esquema do ex-governador Sérgio Cabral. Ele teria colocado no papel informações
sobre importante representante da estrutura da Justiça que teria atendido
pedido de favor de Cabral e, em troca, recebido R$ 2 milhões.
Na terça-feira, o
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um discurso duro, na sede do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), durante a cerimônia de entrega
de R$ 250 milhões desviados pelo esquema liderado pelo ex-governador. O
dinheiro recebeu um carimbo especial: pagamento do 13º salário a 147.342
servidores com vencimentos até R$ 3.200.
Na solenidade, Janot
criticou ferozmente a corrupção no Rio de Janeiro e no Brasil. “É triste
verificar que o Estado do Rio de Janeiro atravessa uma crise financeira, ética
e política. Quando o Rio de Janeiro dobra o joelho, o Brasil dobra o joelho.
Como podemos reagir a essa insana corrupção que assola o Brasil? As
instituições são chamadas para mostrar ao que vieram. Magistratura, Ministério
Público e a polícia através de um trabalho de cooperação contra o crime
organizado que se enraizou no Rio de Janeiro e no Brasil. Esse dinheiro volta
para o lugar de onde nunca devia ter saído: os cofres públicos para servir à
sociedade do Rio”, afirmou.
Na ocasião, o procurador
Eduardo El Hage revelou que a fortuna de Cabral explodiu quando ele passou a
ocupar o Palácio Guanabara, em 2007. A partir daí aumentou de US$ 6 milhões
para mais de US$ 100 milhões, o equivalente a mais de R$ 300 milhões.
Janot critica crise no estado do Rio de Janeiro e diz que se reflete no país
R$ 250 milhões entregues
ao Estado do Rio arcam com o décimo terceiro salário atrasado de quase 150 mil
servidores que ganham até R$ 3.200
Em meio a mais uma fase
da Operação Lava Jato deflagrada ontem e a cerimônia de entrega de R$ 250
milhões — parte do dinheiro da quadrilha que seria liderada por Sérgio Cabral —
ao Estado para pagar o 13º salário a 147.342 servidores com vencimentos até R$
3.200, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, jogou duro contra o
Palácio Guanabara. “É triste verificar que o Estado do Rio de Janeiro atravessa
uma crise financeira, ética e política. Quando o Rio de Janeiro dobra o joelho,
o Brasil dobra o joelho”, afirmou durante o evento no Tribunal Regional Federal
2 (TRF). Só no Rio, as operações já repatriaram R$ 400 milhões.
Rodrigo Janot criticou as
crises financeira, política e ética no estado. Na chamada ‘lista’ de Janot entregue ao
Supremo Tribunal Federal (STF), o governador Luiz Fernando Pezão é citado em
esquema de caixa 2 nas delações da Odebrecht. “Como reagir a essa
insana corrupção que assola o Brasil? Magistratura, Ministério Público e a
polícia através de um trabalho de cooperação contra o crime organizado que se
enraizou no Rio de Janeiro e no Brasil. Esse dinheiro volta para o lugar de
onde nunca devia ter saído: os cofres públicos”, analisou Janot.
Coordenador da
Força-Tarefa da Lava Jato no Rio, o procurador regional da República, Leonardo
Cardoso, fez questão de ressaltar que a cerimônia representava o
‘custo-corrupção’. “Os valores de hoje são apenas de três pessoas”, afirmou. Um
acordo de colaboração premiada realizado com dois dos réus, os doleiros e
irmãos Marlo e Renato Chebar permitiu a repatriação de US$ 101.430 mil dólares
em contas que estavam na Suíça. Os valores pertenciam a Sérgio Cabral
(aproximadamente 80 milhões de dólares); Carlos Bezerra, apontado como operador
do esquema (7 milhões de dólares) e Wilson Carlos ao ex-secretário de Governo
(15 milhões de dólares). Foram presos em novembro, quando foi deflagrada a
Operação Calicute.
Fortuna cresce no mandato
A fortuna do
ex-governador Sérgio Cabral explodiu quando ele passou a ocupar o cargo máximo
do Palácio Guanabara, em 2007. “Em 2002, ele tinha US$ 2 milhões de dólares em
conta em Nova Iorque. De 2002 a 2006 eram US$ 6 milhões. Depois explode e ele
chega a ter mais de US$ 100 milhões de dólares”, revelou o procurador da
República Eduardo El Hage, um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato no
Rio, do Ministério Público Federal.
Para o servidor público
Antônio Manoel Silva, de 58 anos, dos quais mais de 25 dedicados ao Estado os
administradores tratam os recursos públicos como se fossem privados. “Essas
operações mostram que eles usam o dinheiro ao seu bel-prazer”, criticou Silva,
que integra o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) fez
questão assistir a cerimônia ontem no Tribunal Regional Federal 2.
Ex-secretário de obras de Cabral promete delatar repasses de propina a Pezão
Delação de ex-secretário de Cabral mira também alto escalão da Alerj e
do TCE
No acordo que vem
tentando fazer com o Ministério Público Federal (MPF), o
ex-secretário de Obras de Sérgio Cabral, Hudson Braga, promete detalhar o
pagamento de propinas para o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de acordo
com informações deste domingo (19) do colunista Lauro Jardim.
Preso desde novembro do
ano passado, junto com Cabral, na Operação Calicute, um dos braços da Operação
Lava Jato, Braga também vai falar da negociação para a instalação de
uma fábrica da Vigor (pertencente ao grupo JBS) em Barra do Piraí, cidade Natal
de Pezão.
A investigação sobre o
suposto esquema de propina que envolvia o governo do Estado do Rio aponta
que o valor pago a Cabral era de 5% por obra, mais 1%, chamado de
"taxa de oxigênio", e que era repassado para a Secretaria de Obras do
governo, de Hudson Braga. O desvio de recursos teria acontecido
principalmente em três grandes obras, a reforma do Maracanã, do Arco
Metropolitano, e o PAC Favelas, nas quais o prejuízo foi estimado em mais de R$
220 milhões. Briga na
prisão
Cabral já teria se
desentendido com Hudson Braga no fim de dezembro, no presídio de Bangu, onde
estão presos desde novembro. Também segundo Lauro Jardim, a informação de
que Braga "já dá sinais de que prepara a sua deleção premiada"
teria irritado Cabral, que reagiu cobrando lealdade. Cabral teria se
acalmado após o bate-boca dizendo que, se fosse o caso de fazer delação
premiada, ele mesmo, Cabral, poderia coordenar os entendimentos do grupo. A delação do
ex-secretário de Obras do ex-governador Sérgio Cabral, Hudson Braga,
já está sendo articulada por seus advogados junto ao Ministério Público Federal
(MPF). De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, figuras do alto
escalão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) serão citadas.
Casal Cabral comprou 20 joias por R$ 6 milhões, diz delatora
Rio, 17 - A diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza
Trotta, vendeu pessoalmente para o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho
(PMDB) e sua mulher Adriana Ancelmo, presos pela Operação Calicute, 20 joias
que somaram R$ 6 milhões entre 2012 e 2015. O casal, no entanto, comprou outros
20 itens da loja, num total de 40 peças. O valor total não foi informado.
A executiva teve a delação premiada homologada na manhã desta sexta, 17, pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Ela foi ouvida em audiência no período da tarde, apesar do protesto dos advogados da defesa do casal. Inicialmente, ela seria testemunha.
A peça mais cara vendida a Adriana foi um brinco de brilhantes solitários de R$ 1,8 milhão. O conjunto foi comprado como uma troca de outra peça de R$ 1,2 milhão, com a complementação dos R$ 600 mil. A diretora citou ainda a compra de um anel de rubi de R$ 600 mil e um brinco de R$ 25 mil.
A executiva teve a delação premiada homologada na manhã desta sexta, 17, pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Ela foi ouvida em audiência no período da tarde, apesar do protesto dos advogados da defesa do casal. Inicialmente, ela seria testemunha.
A peça mais cara vendida a Adriana foi um brinco de brilhantes solitários de R$ 1,8 milhão. O conjunto foi comprado como uma troca de outra peça de R$ 1,2 milhão, com a complementação dos R$ 600 mil. A diretora citou ainda a compra de um anel de rubi de R$ 600 mil e um brinco de R$ 25 mil.
A diretora disse ainda que Cabral chegou a ser atendido uma vez no Palácio Guanabara, quando ainda era governador. Os agendamentos eram feitos pelo assessor Pedro Ramos. Em outras oportunidades, Maria Luiza foi ao apartamento do casal, ao escritório de Adriana Ancelmo ou em um escritório de Cabral, no Leblon. A ex-primeira-dama também frequentava a loja de Ipanema, na zona sul do Rio.
Maria Luiza afirmou que Adriana pagava em cheque ou dinheiro. Os cheques eram trocados antes de serem descontadas pelo pagamento em espécie. O parcelamento ocorria em até dez vezes.
A ex-primeira dama comprava algumas peças com nota fiscal, enquanto Cabral não, disse. "Para ele, não foram emitidas notas, ele deixava claro que gostaria de deixar sem identificação, queria uma coisa mais 'discreta'", afirmou.
Maria Luiza, que trabalha desde 82 na joalheria, vendeu nove itens para Cabral e 11 para Adriana. Apenas quatro peças compradas pela primeira-dama tiveram nota emitida.
A executiva declarou que as joias eram entregues com certificados aos dois clientes e, depois da Operação Calicute ser deflagrada, a H.Stern gerou segundas vias delas.
"Foram tiradas do sistema agora", disse. Ela afirmou que, apesar de não terem sido emitidas as notas à época, há documentos de todas as vendas, que seriam registros em computador.
Segundo a diretora, Cabral pediu que o pagamento de uma joia fosse feito no exterior, na Alemanha. "Ele pediu para pagar uma compra no exterior, mas eu disse que não sabia se seria possível. Perguntei na matriz e tive a resposta (positiva). Voltei na casa dele com o número da conta para fazer o pagamento, foi feito na Alemanha", disse.
Maria Luiza vendeu apenas joias femininas a Cabral. Ele disse acreditar que eram para Adriana, porque eram compradas em datas comemorativas e, posteriormente, viu ex-primeira dama do Estado usando-as.
Defesa
A H. Stern foi procurada pela reportagem, mas avisou que não vai ser pronunciar. A defesa de Cabral pediu que o MPF faça uma investigação do débito fiscal da joalheria.
A defesa da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo criticou o fato de a diretora comercial da joalheria ter sido ouvida nesta sexta-feira como delatora num dos processos que investigam a corrupção no governo do Estado do Rio sob a gestão Sergio Cabral (PMDB). Maria Luiza deporia ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, na condição de testemunha de acusação, mas assinou um acordo de colaboração, formalizado ontem à noite, e, depois, homologado por Bretas.
"Nós vamos até as últimas instâncias contra isso. Uma pessoa que era testemunha vem na condição de delatora. Isso fere o Código de Processo Penal e a Constituição. A defesa rebate as acusações feitas. Testemunha é imparcial, delator acusa. No depoimento que ela prestou à Polícia Federal, ela não falou nada disso. Aqui, chegou com vários números", disse o advogado Alexandre Lopes à GloboNews.
Adriana, casada com o ex-governador Sergio Cabral, réu em seis processos da Lava Jato, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, pertencimento a organização criminosa e evasão de divisas, é acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O advogado reafirmou que a ex-primeira-dama nega ter cometido os crimes.
Sobre as informações declaradas por Maria Luiza Trotta, o advogado disse que a diretora "titubeou" e "se equivocou", e que sua cliente só comprou joias mediante recebimento de nota fiscal. "Quem garante que as joias foram mesmo vendidas a eles?"
Justiça concede prisão domiciliar à mulher de Cabral para cuidar dos filhos
Adriana Ancelmo foi presa no dia 6 de dezembro do ano passado, acusada de fazer parte do esquema de corrupção envolvendo o ex-governador do Rio
As fotos ao lado mostram momentos da zeloza mãe cuidando dos filhos em Paris.
Governanta de Cabral diz que recebia pelo Senac e que família
gastava R$ 150 mil por mês...
O juiz Marcelo Bretas, da
7ª Vara Federal Criminal, determinou que Adriana Ancelmo, esposa do
ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, deixe o Complexo Prisional de
Bangu e vá para prisão domiciliar. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (17)
pelo magistrado, que levou em consideração o fato de que tanto ela quanto o
marido estão presos, o que estaria dificultando a criação dos dois filhos
menores, de 11 e 14 anos.
CONFLITO IGNORADO PELA GRANDE MÍDIA
Helicóptero ataca barco e mata 42 refugiados somalis
Embarcação seguia do Iêmen para o Sudão
CAIRO — Quarenta e dois
refugiados da Somália foram mortos na costa do Iêmen na noite de quinta-feira
quando um helicóptero atacou o barco em que viajavam, segundo informações da
guarda costeira na região de Hodeidah, controlada pelos huthi. Entre os mortos
estavam mulheres e crianças.
Mohamed al-Alay disse que
os refugiados, carregando documentos oficiais do alto comissário da ONU para
refugiados, estavam a caminho do Iêmen para o Sudão quando foram atacados na
quinta-feira por um helicóptero Apache.
O marinheiro que pilotava
o barco, Ibrahim Ali Zeyad, disse que 80 refugiados foram resgatados depois o
incidente. Não foi informado quem realizou o ataque.
Os corpos de 33
refugiados foram levados aos hospitais da cidade portuária, onde 35 feridos
também foram internados, afirmou um funcionário dos serviços de saúde.
Dezenas de somalis que
sobreviveram ao ataque, assim como três traficantes de pessoas iemenitas a
bordo da embarcação, foram levados à prisão central da cidade.
A agência Saba,
controlada pelos rebeldes xiitas huthis, afirmou que o ataque foi provocado
pela aviação da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.
Outras fontes afirmaram
que os mortos e feridos foram atingidos por disparos de armas leves, o que
parece excluir um ataque aéreo.
Apesar da guerra e da
crise humanitária, o Iêmen continua sendo um foco de atração para os refugiados
do chifre da África que fogem da miséria.
No sul do país há vários
campos de refugiados somalis, mas nenhum na região de Hodeida, situado mais ao
norte.
DISPUTA MILITAR
O setor situado ao sul de
Hodeida foi palco de violentos combates nas últimas 24 horas que deixaram 32
mortos, segundo fontes médicas e militares.
Desde a intervenção da
coalizão árabe, em março de 2015, para ajudar o governo a frear o avanço dos
rebeldes, mais de 7.700 pessoas morreram e mais de 42.500 ficaram feridas na
disputa bélica, segundo a ONU.
O país sofre atualmente a
"pior crise humanitária no mundo" e se expõe a um grave perigo de
fome, adverte a ONU.
BANDIDO ORDINÁRIO NÃO PARA DE SURPREENDER!
Cabral fez reunião dentro de casa para exigir propina, diz
delator
O executivo Rogério Nora
de Sá, ex-presidente da empresa Andrade Gutierrez, disse na manhã desta
quarta-feira, 15, que o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) o chamou para uma
reunião em seu próprio apartamento no Leblon, na zona sul do Rio, para exigir
propinas em contratos públicos. Segundo o executivo, Cabral teria dito que a
empresa teria de firmar um “compromisso” com o governo, que Sá entendeu como
pagamento ilegal de dinheiro. A declaração foi feita durante depoimento na 7.ª
Vara Federal Criminal do Rio. Sá acertou acordo de delação premiada.
“Ele (Cabral) disse que
teríamos que dar uma contribuição mensal de R$ 350 mil. Depois, fomos chamados
para uma reunião no Palácio Guanabara com o governador, e ele disse que o
secretário de Governo, Wilson Carlos, iria cuidar da execução das obras.
Ficamos com obras de Manguinhos, PAC das Favelas, Arco Metropolitano, que
entramos, mas declinamos posteriormente porque não teríamos resultados. (Em)
Manguinhos fomos líderes do consórcio e ficou acertado o pagamento de 5%”,
disse.
Segundo o colaborador, as
propinas eram camufladas nas obras por meio de faturamento com valores maiores
ou com notas fiscais falsas “para prover recursos para eles”, nas palavras de
Sá. Segundo o colaborador, as propinas foram pagas durante um período que durou
de 12 a 15 meses. “Até setembro de 2011, quando eu estava na empresa, existiam
os pagamentos. Depois, não sei informar”, afirmou.
Sá também afirmou que
Wilson Carlos se reuniu com o executivo da empresa Alberto Quintaes para
definir em qual contrato com o governo a empresa entraria e quais seriam os
parceiros, antes de ocorrerem as licitações.
O colaborador foi
condenado a 18 meses em regime semiaberto e a 24 meses de prisão aberta, além
de ter que ressarcir os cofres públicos em R$ 2, 7 milhões.
Já a Andrade Gutierrez,
que acertou acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF), terá de
pagar R$ 1 bilhão. Cabral está preso desde novembro de 2016 por determinação do
juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Procurada pela
reportagem, a defesa do ex-governador não se pronunciou sobre o assunto até o
fechamento desta matéria.
CABRAL, PEZÃO E PICCIANI: O FLAGELO
Ex-diretora da Carioca Engenharia confirma mesada de R$ 500 mil ao ex-governador preso Sérgio Cabral
Tânia Fontenelle disse a Moro que repassava dinheiro a Carlos Emanuel Carvalho de Miranda, operador do ex-governador
Tânia Fontenelle disse a Moro que repassava dinheiro a Carlos Emanuel Carvalho de Miranda, operador do ex-governador
SÃO PAULO - Ex-diretora
financeira da Carioca Engenharia, Tânia Fontenelle, confirmou ao Juiz Sérgio
Moro que a empreiteira repassou mesadas fixas de até R$ 500 mil ao
ex-governador Sérgio Cabral. Fontenelle prestou depoimento a Moro na tarde
desta sexta-feira, quando foi arrolada como testemunha de acusação na ação que
o ex-governador Sérgio Cabral responde por corrupção, lavagem de dinheiro e
formação de quadrilha na Justiça Federal de Curitiba.
Fontenelle, que fechou
acordo de delação premiada, reiterou que ainda em 2007, quando Cabral assumiu a
propina paga pela Carioca era de R$ 200. Porém, em seu segundo mandato o
repasse subiu para R$ 500 mil. Ela disse que o dinheiro era repassado a Carlos
Emanuel Carvalho de Miranda, o Carlinhos, apontado pelo Ministério Público
Federal como “homem da mala” do ex-governador.
— Eu tinha por
incumbência gerar os valores que eram solicitados pelos acionistas e diretores
da empresa (Carioca Engenharia). Eu repassava um valor fixo mensal ao senhor
Carlos Miranda, que me foi apresentado como uma pessoa de confiança do
ex-governador. Eu pagava R$ 200 mil mensais. Isso permaneceu por dois a três
anos e depois passou para R$ 500 mil mensais — disse Fontenelle.
A ex-diretora financeira,
conhecida como matemática, disse que a propina era justificada por meio de
contratos superfaturados de algumas empresas que trabalhavam para Carioca. Ou,
através de contratos simulados com outras empresas.
—
Uma vez que existiam os
contratos superfaturados ou dissimulados, os serviços eram contabilizados na
empresa. Algumas empresas superfaturavam os serviços e devolviam a diferença.
Esses recursos geravam caixa 2 — disse a delatora. — Eu sabia que eu pagaria
através de caixa 2 e que os valores eram era propina ou doação eleitoral não
registrada.
Em seu acordo de
colaboração, Fontenelle a Carioca comprou vacas superfaturadas da empresa
Agrobilara para ‘gerar dinheiro em espécie’ para a empreiteira. A Agrobilara é
a empresa de agropecuária do presidente da Alerj, Jorge Picciani,
que nega irregularidades
CABRAL E PEZÃO, O FLAGELO DO RIO DE JANEIRO
Sérgio Cabral pediu R$ 30 milhões, afirma delator a Moro
O ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento nesta
sexta-feira, 10, ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-governador do Rio Sérgio
Cabral (PMDB) lhe pediu R$ 30 milhões para a campanha eleitoral de 2010. O pedido,
disse Costa – primeiro delator da Operação Lava Jato – ocorreu em reunião no
Palácio da Guanabara.
“No pedido que foi feito pelo governador nessa
reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30 milhões de reais para
a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as empresas, eu não participei
disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo governador na data da reunião
foram R$ 30 milhões”, afirmou.
Costa depôs como
testemunha de acusação na ação penal contra Cabral, acusado de recebimento de
propina de R$ 2,7 milhões em contrato de terraplanagem das obras do Complexo
Petroquímico do Rio (Comperj), da Petrobras.
Moro o indagou sobre
informação de que os executivos da empreiteira Andrade Gutierrez – também
envolvidos na propina a Cabral nas obras do Comperj -, mencionaram em seus
depoimentos que “havia compromisso de 1% no contrato de terraplanagem da obra”.
O juiz quis saber de Paulo Roberto Costa se a ele foi falado em porcentuais.
Costa respondeu que o
executivo da Andrade perguntou a ele se era para honrar o compromisso com o
governador. “E minha resposta foi que era para honrar o compromisso com o
governador.”
Moro quis saber, então
“Qual era o compromisso?”.
“No pedido que foi feito
pelo governador nessa reunião no Palácio do Guanabara, o governador me pediu 30
milhões de reais para a sua campanha. Como seria feito esse rateio com as
empresas, eu não participei disso. Mas o valor total que me foi pedido pelo
governador na data da reunião foram R$ 30 milhões.”
O juiz da Lava Jato
perguntou porque o ex-diretor da Petrobras aceitou pagar.
“Eu aceitei ajudar na
ocasião porque ele (Cabral) era uma figura proeminente no PMDB à época, e o
PMDB era um partido que estava me apoiando junto com o PP (na Petrobrás).”
“(A reunião) Foi antes da
eleição de 2010, acredito que seja nos primeiros meses, no primeiro semestre de
2010. Foi solicitação para a campanha de reeleição do governador, em 2010.”
Pezão estava na reunião sobre propina
para Cabral no Guanabara, diz delator
A reportagem procurou o
governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e a defesa do ex-governador Sérgio
Cabral. Não houve retorno.
O ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da Operação
Lava Jato, confirmou em depoimento nesta sexta-feira, 10, a presença do hoje
governador do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB) em reunião no Palácio Guanabara,
em 2010. Na ocasião, segundo o delator, o então chefe do Executivo fluminense
Sérgio Cabral, também do PMDB, pediu “apoio financeiro para a campanha dele”.
Costa depôs ao juiz
federal Sérgio Moro, que preside ação criminal contra Sérgio Cabral.
Segundo o delator, a
partir de 2007, o PMDB passou a apoiá-lo na Diretoria de Abastecimento da
Petrobras.
Trump invade a Síria
Não se engane: isso é uma grande notícia. E muito má
notícia
Global research
Embora o exército sírio,
com seu aliado a Rússia, tenha feito ganhos significativos contra
ISIS durante a última semana ou assim, o Washington Post está relatando esta
noite que o Presidente Trump enviou pela primeira vez pessoal
militar regular dos EUA para o país em posições de combate.
Esta é uma escalada
sem precedentes do envolvimento dos EUA na guerra síria e ela vem sem
autorização do Congresso, sem a autorização da ONU, e sem a autorização do
governo da Síria . Em suma: é ilegal de três maneiras.
De acordo com o Post, os
fuzileiros navais dos Estados Unidos partiram de seus navios no Mediterrâneo e
estabeleceram um posto avançado no solo sírio de onde dispararão artilharia em
direção ao "quartel-general" de Raqqa. O Post continua :
Os fuzileiros navais no
terreno incluem parte de uma bateria de artilharia que pode disparar foguetes
de 155 milímetros de M777 Howitzers, disseram dois funcionários, falando sob a
condição de anonimato por causa da sensibilidade do desdobramento. A força
terrestre da unidade expedicionária, Battalion Landing Team 1o Batalhão, 4º
Fuzileiros Navais, vai manejar as armas e fornecer apoio de fogo para as forças
locais apoiadas pelos EUA que estão preparando um assalto à cidade. Infantaria
adicionais da unidade são susceptíveis de fornecer segurança.
Em 5 de março, a RT
realizou imagens de
um comboio militar dos EUA entrando na Síria perto de Manbij. Os
principais meios de comunicação dos EUA inicialmente apagaram a história, mas o
Post confirmou hoje que as tropas eram do 75º Regimento de Exército do Exército
em veículos Stryker.
O que é importante
entender sobre esta escalada repentina do envolvimento dos EUA é que, se essa
"corrida para Raqqa" for ganha pelos militares dos EUA, e não pelas
forças do governo sírio, a chance de que os EUA entreguem o território de volta
ao governo Assad é virtualmente nada. Em outras palavras, esta é uma
operação muito menos sobre limpar o ISIS do leste da Síria e muito mais sobre
os Estados Unidos esculpindo a Síria oriental como um posto avançado permanente
de onde pode, por exemplo, continuar o plano neoconservador / israelense /
saudita original "Mudança de regime" na Síria.
Os Estados Unidos estão
fazendo uma oferta militar por um pedaço muito grande do território soberano
sírio. Algo que nem mesmo Obama, com sua política do Oriente Médio
extraordinariamente imprudente, se atreveria a fazer.
Como os russos reagirão a
esse desenvolvimento?
Como os russos reagirão
se o aumento da atividade militar dos EUA no terreno na Síria começar a ameaçar
as forças militares russas que operam na Síria (com o consentimento do governo
legal desse país)? Com a política do Presidente Trump de "ficar junto
com a Rússia" nos confrontos de uma Nikki Haley na ONU e de um monte de
Fiona na equipe do NSC, como os russos podem ver as ações
dos EUA na Síria, diferente do que poderiam ver apenas um mês atrás?
Não se engane: isso é uma
grande notícia. E muito má notícia.
A fonte original deste artigo é Instituto Ron Paul
Copyright © Daniel McAdams , Instituto Ron Paul , 2017
Copyright © Daniel McAdams , Instituto Ron Paul , 2017
DELATOR CONFIRMA QUE CABRAL ERA O 'PROXIMUS' NA LISTA DE PROPINA DA ODEBRECHT
O APELIDO "PROXIMUS" PODE SER REFERÊNCIA À SUA PROXIMIDADE COM O EX-PRESIDENTE LULA.
O delator Luiz Eduardo
Soares, um dos responsáveis pelo Setor de Operações Estruturadas da
Odebrecht, confirmou em depoimento à Justiça Eleitoral os codinomes usados
para identificar o pagamento de propina ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral e
ao deputado cassado Eduardo Cunha. Ele confirmou que Cabral era identificado
como "Proximus" e Cunha recebia o apelido de "Caranguejo".
Investigadores acreditam que o codinome de Cabral seria uma referência à sua
proximidade com o ex-presidente Lula, e o apelido de Cunha tem a ver com seu
jeito desengonçado de caminhar.
A alcunha do deputado
cassado e ex-presidente da Câmara já tinha aparecido no anexo de delação do
executivo Cláudio Melo Filho, que veio a público em dezembro do ano passado. O
apelido de Cabral aparece em materiais da Polícia Federal. Em relatório de
busca e apreensão, a PF aponta em planilhas que a alcunha "Proximus"
é vinculada a dois pagamentos no Rio, de R$ 500 mil cada. Anotações fazem
menção à Linha 4-Oeste do Metrô.
Em outro relatório, a PF
registra e-mails no qual o codinome está atrelado a repasse de valores, a
partir de material apreendido com o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura
Benedicto Júnior, o BJ. Em mensagem trocada entre Hilberto Silva, Benedicto
Júnior, Lúcia Tavares, João Borba Filho e Luiz Eduardo Soares, de 17 de
fevereiro de 2007, o assunto é a liquidação "Proximus".
Na conversa, a secretária
Lúcia Tavares pede para que Benedicto e Borba façam a liquidação com
"Proximus", no valor de R$ 1 milhão, indica que a transação deve
ocorrer sob a senha "Tomate" e dá endereço no Rio onde os valores
devem ser entregues. No local, a secretária do "setor de propinas"
afirma que o interlocutor a ser procurado responde por "Orelha".
Em outro e-mail, de 11 de
janeiro de 2008, trocado entre Marcelo Odebrecht, BJ e Ubiraci Santos, os
executivos falam sobre o assunto "Programa Social RJ". Na conversa,
BJ pede autorização a Odebrecht para liberar porcentagens de pagamentos relacionados
ao programa. Do valor do contrato, que seria de R$ 495 milhões, BJ indica que
Proximus ficaria com 5%.
Soares foi chamado para
depor na ação que investiga abuso de poder político e econômico na campanha de
reeleição de Dilma Rousseff (PT), em 2014. No depoimento ao ministro Herman
Benjamin, relator do caso no TSE, ele diz que não participou de operações em
2014 porque saiu do "setor de propinas" no mesmo ano.
Cabral movimentou propina em 15 contas de sete
países, diz MPF
Ex-governador é acusado de ter
recebido US$ 3 milhões da Odebrecht em Andorra
A nova denúncia aceita
pela Justiça Federal traz mais uma frente de investigação: o recebimento e a
lavagem de dinheiro oriundos da Odebrecht — foram descobertos US$ 3 milhões
destinados ao ex-governador, depositados em banco de Andorra. Até então, as
implicações de Cabral com a Justiça estavam relacionadas com propinas cobradas
a partir de obras da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia, reveladas por
executivos das duas empreiteiras em acordos de delação premiada.
Com auxílio de um grupo
de doleiros, o ex-governador montou uma rede bancária com postos em paraísos
fiscais tradicionais — Suíça, Bahamas, Mônaco e Luxemburgo —, além de Nova
York, nos Estados Unidos, na Holanda e em Andorra. De acordo com o Ministério Público
Federal (MPF), as remessas de dinheiro para o exterior aconteceram entre 2003,
quando Cabral era senador, até 2015, quando já havia deixado o governo do Rio
em benefício de seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A investigação recuperou
US$ 85 milhões (R$ 269,4 milhões, na cotação de ontem), valor que já está
disponível na conta judicial e pode ser pleiteado pelo governo, afundado em uma
crise financeira.
ENTENDA
O QUE PESA CONTRA SÉRGIO CABRAL
O MPF sustenta que
Cabral, preso desde novembro, cometeu o crime de lavagem de dinheiro 30 vezes,
praticou evasão de divisas 25 vezes e, em nove ocasiões, incorreu em corrupção
passiva. O ex-secretário de Governo Wilson Carlos e Carlos Miranda, apontados
como operadores financeiros, também viraram réus por lavagem de dinheiro e
evasão de divisas, enquanto Sérgio Castro de Oliveira, o Serjão, outro
integrante do esquema, vai responder por evasão de divisas.
“O vultuoso volume de
recursos obtidos em razão dos crimes praticados pelo grupo criminoso exigia uma
forte estrutura destinada à movimentação e lavagem do dinheiro da propina,
razão pela qual uma série de agentes passaram a integrar a organização
criminosa com tal finalidade, realizando, na divisão de tarefas da organização,
a função de operadores financeiros”, escreveram os procuradores.
NOVOS
PERSONAGENS
A força-tarefa da
Lava-Jato destrinchou o papel de novos personagens: os doleiros Vinicius
Claret, o Juca Bala, e Claudio Fernando Barboza de Souza, sócios no Uruguai,
onde foram presos na semana passada. Eles se tornaram réus por organização
criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção passiva. A dupla
passou a ser solicitada para esconder os valores de origem ilícita quando os
doleiros Renato e Marcelo Chebar, que estão colaborando com a investigação, não
tiveram mais capacidade de lidar sozinhos com o esquema, em função do aumento
dos recursos.
Juca Bala tornou-se uma
das pontes do esquema de Cabral com o departamento de propinas da Odebrecht. De
acordo com o doleiro Enrico Machado, que também firmou acordo de delação
premiada, como O GLOBO antecipou, a construtora era uma das “principais
clientes” de Juca Bala, correspondendo a 60% de toda a movimentação financeira
que ele comandava. No Rio, ele mantinha salas comerciais com cofres para
guardar o dinheiro.
Outro nome que ainda não
tinha vindo à tona é o de Timothy Scorah Lynn, que virou réu. Ele atuava como
procurador de offshores criadas pela Odebrecht para destinar propina a agentes
políticos e atuou como intermediário do pagamento dos US$ 3 milhões. Um
contrato de serviço fictício de consultoria foi firmado entre uma empresa pela
qual ele respondia e uma companhia de Renato Chebar. Desta forma, os recursos
circularam da empreiteira para o ex-governador. A participação de Timothy foi
reiterada por outro delator da Lava-Jato: Vinicius Borin, operador de offshores
da Odebrecht.
O advogado de Carlos
Miranda afirmou que a denuncia trata de "fatos que em parte eram já
conhecidos", que constituiriam "uma unidade artificialmente
fracionada". "Acreditamos que no curso da ação penal será esclarecida
a responsabilidade de Carlos Miranda", diz a nota.
A defesa de Wilson Carlos
afirmou que não vai se pronunciar. Os advogados de Cabral não retornaram as
ligações. Os defensores dos outros réus não foram encontrados.
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