Delação de ex-secretário de Cabral mira também alto escalão da Alerj e
do TCE
No acordo que vem
tentando fazer com o Ministério Público Federal (MPF), o
ex-secretário de Obras de Sérgio Cabral, Hudson Braga, promete detalhar o
pagamento de propinas para o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de acordo
com informações deste domingo (19) do colunista Lauro Jardim.
Preso desde novembro do
ano passado, junto com Cabral, na Operação Calicute, um dos braços da Operação
Lava Jato, Braga também vai falar da negociação para a instalação de
uma fábrica da Vigor (pertencente ao grupo JBS) em Barra do Piraí, cidade Natal
de Pezão.
A investigação sobre o
suposto esquema de propina que envolvia o governo do Estado do Rio aponta
que o valor pago a Cabral era de 5% por obra, mais 1%, chamado de
"taxa de oxigênio", e que era repassado para a Secretaria de Obras do
governo, de Hudson Braga. O desvio de recursos teria acontecido
principalmente em três grandes obras, a reforma do Maracanã, do Arco
Metropolitano, e o PAC Favelas, nas quais o prejuízo foi estimado em mais de R$
220 milhões. Briga na
prisão
Cabral já teria se
desentendido com Hudson Braga no fim de dezembro, no presídio de Bangu, onde
estão presos desde novembro. Também segundo Lauro Jardim, a informação de
que Braga "já dá sinais de que prepara a sua deleção premiada"
teria irritado Cabral, que reagiu cobrando lealdade. Cabral teria se
acalmado após o bate-boca dizendo que, se fosse o caso de fazer delação
premiada, ele mesmo, Cabral, poderia coordenar os entendimentos do grupo. A delação do
ex-secretário de Obras do ex-governador Sérgio Cabral, Hudson Braga,
já está sendo articulada por seus advogados junto ao Ministério Público Federal
(MPF). De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, figuras do alto
escalão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) serão citadas.
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