O ex-governador do Rio de
Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), que está preso, negocia um acordo de delação
premiada com o Ministério Público
Federal (MPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Fontes afirmaram
que a decisão pode afetar integrantes do Judiciário e do Ministério Público.
As informações são do Valor Econômico.
O ex-chefe do Executivo
fluminense cumpre pena no Presídio Bangu 8, no Rio de Janeiro, desde
novembro passado. Ele é alvo da Operação Calicute, um desdobramento da Lava
Jato. A Calicute revelou o esquema de cobrança de propina em obras durante a
gestão de Sergio Cabral no Governo do Rio de Janeiro, entre 2007 e 2014. O
ex-governador é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Além de Cabral, outros
políticos e empresários do Rio citados em investigações têm procurado o MPF
para negociar acordos e evitar a prisão. No caso do ex-governador, as conversas
estão na fase de elaboração de anexos, na qual ele apresenta a procuradores os
fatos que está disposto a contar, divididos em capítulos. Cada anexo traz um
resumo das pessoas a serem delatadas e dos relatos a serem feitos.
O material,
posteriormente, é avaliado pelo Ministério Público, que decide se os dados são
ou não relevantes o bastante para fechar o acordo de colaboração e conceder
benefícios ao delator.
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