Caixões de 17 pessoas supostamente assassinadas da etnia Fulani durante o enterro em Ayati-Ikpayongo (estado de Benue, Nigéria)
Mais de 200 pessoas morreram em confrontos entre comunidades
rurais no estado de Plateau, centro da Nigéria, informou o governador da região.
Na terça-feira, após uma reunião com o presidente nigeriano
Muhammadu Buhari em Jos, capital de Plateau, o governador Simon Lalong afirmou
que a violência provocou “a dolorosa perda de mais de 200 pessoas”.
De acordo com a polícia, que acusa grupos de fazendeiros
nômades pela violência, morreram pelo menos 86 pessoas. Fontes locais, no
entanto, citam mais de 100 mortos.
A principal associação de fazendeiros nômades nega o
envolvimento de sua comunidade nas mortes e afirma que, ao contrário, os
integrantes de seu grupo foram atacados nos últimos meses.
Algumas fontes afirmam que a violência teve início como uma
represália a membros da etnia Berom que teriam matado cinco integrantes da
etnia Fulani. Este é um novo caso após meses de violência nesta região da
Nigéria conhecida como “Middle Belt”.
A violência tem sua origem na luta por acesso à terra entre
pastores nômades e agricultores sedentários, mas foi ampliada para confrontos
entre muçulmanos e cristãos.
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, chegou ao poder em
2015 com a promessa de lutar contra a insegurança, sobretudo a do grupo
islamita Boko Haram, que provocou quase 20.000 mortes desde 2009.
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