Dodge quer ouvir ao menos mais seis pessoas para concluir a investigação e, por causa disso, concorda com a prorrogação desse inquérito contra Temer
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que será necessário ouvir pelo menos mais seis pessoas no inquérito contra o presidente Michel Temer, em que ele é investigado por causa de delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.
Entre
as pessoas a serem ouvidas pela PGR e pela Polícia Federal (PF) está o
ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht . Além do dele, serão
colhidos depoimentos de Fernando Migliaccio, ex-funcionário da empresa; de
Ibanez Filter, homem ligado a Eliseu Padilha; dos doleiros Vinícius Claret e
Cláudio Barbosa; e do marqueteiro Duda Mendonça.
Além
de Temer, são investigados no mesmo inquérito os ministros Eliseu Padilha,
da Casa Civil, e Moreira Franco, de Minas e Energia.
Por
conta desses novos depoimentos que serão colhidos, a PGR concorda com
a proposta de prorrogação da apuração por mais 60 dias, apresentada na última
quinta-feira (14). O pedido para ouvir essas testemunhas, na realidade, é
da Polícia Federal, mas Dodge confirmou a necessidade de tanto.
Investigação
contra Michel Temer
A
investigação envolve o suposto favorecimento da empresa durante o período
em que Padilha e Moreira Franco foram ministros da Secretaria da Aviação Civil,
entre os anos de 2013 e 2015. Na época, Michel Temer era
vice-presidente da República.
Segundo
o depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo
Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas
de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB,
atualmente MDB.
No
final do ano passado, segundo o jornal Folha de S.Paulo ,
o ex-presidente e herdeiro do grupo confirmou também aos investigadores da
Operação Lava Jato que o partido recebeu o pagamento do montante a pedido
do presidente da República Michel Temer, membro do partido.
À
Justiça, Temer já assumiu que tal encontro aconteceu, mas negou que valores tenham
entrado em pauta, sobretudo relacionados a pagamento de propina pela Odebrecht .
Fonte: Último Segundo -
iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-06-16/pgr-marcelo-odebrecht-temer.html
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