O procurador Ivan Marx,
do Ministério Público Federal no DF, acusa Joesley Batista de sonegar
documentos importantes às investigações sobre a JBS. Responsável pela Operação
Bullish, ele quer ampliar suas apurações e saber quem esteve por trás da
Blessed LLC., sócia misteriosa do frigorífico, aberta em Delaware, paraíso
fiscal americano, em 2009. Marx ouviu Joesley em 12 de junho e, desde então,
requer os dados, sem sucesso. No dia 4, concedeu mais dez dias para o envio. “Ele
não entrega. Ninguém sabe quem eram os sócios da empresa”, diz.
Joesley e seu irmão,
Wesley, informaram à Receita ter comprado 50% das ações da Blessed cada um. Mas
não se sabe quem era o dono antes disso.
Marx já havia criticado
a delação de Joesley por não conter provas de que os ex-presidentes Lula e
Dilma foram beneficiários de contas no exterior com US$ 150 milhões.
A JBS alega que, embora
já tenha entregado “farto material”, mais provas e documentos serão
apresentados à Justiça no “prazo firmado” na delação. E reitera que os
delatores seguem em seu “firme propósito” de colaborar.
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