Parecer do Ministério Público Eleitoral foi
encaminhado ao TSE e rejeita argumentos da defesa do governador
BRASÍLIA O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto de Medeiros, encaminhou nesta quinta-feira um parecer aoTribunalSuperiorEleitoral (TSE) rejeitando os argumentos da defesa do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), apresentados para anular a cassação de seu mandato e do vice Francisco Dornelles (PP) por abuso de poder político e econômico.
BRASÍLIA O vice-procurador-geral eleitoral, Humberto de Medeiros, encaminhou nesta quinta-feira um parecer aoTribunalSuperiorEleitoral (TSE) rejeitando os argumentos da defesa do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), apresentados para anular a cassação de seu mandato e do vice Francisco Dornelles (PP) por abuso de poder político e econômico.
Em fevereiro do ano passado, Pezão e Dornelles foram
cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Mas, por
recorrer ao TSE, Pezão ainda continua no cargo. A ação foi apresentada por
Marcelo Freixo (PSOL) e trata de benefícios concedidos pelo governo para
empresas que doaram à campanha do peemedebista em 2014. Além disso, teriam sido
omitidos gastos de mais de R$ 10 milhões durante a campanha eleitoral. No
documento apresentado pela defesa, a campanha de Pezão elenca os motivos pelos
quais o processo teria que ser anulado e afirma que não há provas para cassação
do mandato. Mas, de acordo com o Ministério Público, "as contribuições
milionárias das empresas privadas, nos moldes como realizadas, logo após as
concessões de benesses, às vésperas do pleito, deixa clara a estratégia
articulada, por meio da criação de vínculos jurídicos travestidos de legalidade
e ensejadores de dependência do poder político em relação ao poder
econômico". As empresas listadas pela acusação que receberam benefícios e
doaram para a campanha foram: Ipê Engenharia, Construtora Queiroz, Construtora
Colares Linhares, JBS, Carioca Christiani Nielsen Engenharia e Hecio Gomes
Engenharia A defesa de Pezão e Dornelles diz que houve "ofensa aos aos
princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal" e
que a investigação feriu a lei, já que as empresas citadas deveriam também ter
sido processadas. O vice-procurador pede a rejeição dos argumentos e pede a
cassação dos diplomas de Pezão e Dornelles, além da realização de novas
eleições.
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